Órgãos do Sistema de Justiça, Segurança e Assistência orientam crianças e adolescentes sobre abusos e crimes sexuais
Sete órgãos do sistema de Justiça, do Executivo municipal e estadual, entre eles a Defensoria Pública de Mato Grosso, organizaram uma “blitz informativa” e percorreram mais de 10 escolas da comarca de Rosário Oeste, 112 km de Cuiabá, no mês em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil. A intenção foi levar informações para que professores, diretores e coordenadores atuem para proteger crianças e adolescentes desses crimes.
A defensora pública Giovanna Santos informa que o tema merece abordagem educativa e constante, por parte da família, pela gravidade do crime e pelas marcas que ele deixa nas vítimas. E que a responsabilidade sobre a proteção delas é de todos, sociedade civil organizada e Estado, porque os registros indicam que muitos agressores são da família da vítima ou têm proximidade com ela.
“Esse é um tema que deve ser abordado pela família, de forma sensível e educativa, sempre que tiverem a oportunidade. Dar ferramentas para que crianças e adolescentes possam se defender desses crimes é uma necessidade. Por outro lado, como o tema é delicado e muitas vezes o agressor está dentro da família, nós, como instituições públicas, também temos o dever de orientar, informar e atuar, em casos de necessidade”, disse.
A defensora lembra que dentre as instituições públicas, a que tem a maior possibilidade de perceber as mudanças comportamentais na criança e no adolescente, é a escola, já que eles passam grande parte da vida no ambiente. “Durante essa visita de apresentação de nosso trabalho e atuação, pedimos a professores, diretores e coordenadores, que, ao perceber qualquer mudança, não se omitam. Nos casos em que precisarem de nossos serviços, nos acionem”.
Giovanna explica que a comarca de Rosário Oeste atende também ao município de Jangada, e que a zona rural dos territórios é grande e cortada pela BR-163, onde o fluxo de caminhoneiros é intenso. “Isso deixa as crianças e adolescentes dessa região vulneráveis a todos os tipos de abusos, que vão da iniciação sexual precoce até o uso de entorpecentes. E parte de nosso trabalho foi de nos colocar à disposição de professores, pois muitos se sentem despreparados para fazer a abordagem das vítimas e sem a retaguarda para poderem atuar. Explicamos que podem nos procurar para receber orientações, encaminhar casos e pedimos para que tenham em nós um parceiro”, disse.
Márcia Oliveira
Assessoria de Imprensa
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