Palestras abordam formas de combate à violência contra mulher para sociedade civil e estudantes

Assistentes sociais, cidadãos voluntários, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de outras entidades civis organizadas participaram da palestra feita pela defensora pública, Tânia Matos, sobre a “Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Várzea Grande e Livramento”, no Univag, Centro Universitário de Várzea Grande.

Tânia representa a Defensoria Pública de Mato Grosso na Rede, organização que no dia 30 de outubro lançará o serviço da “Patrulha Maria da Penha”, que será exercido por policiais militares que terão a responsabilidade de atuar ostensivamente para garantir a segurança de mulheres agredidas por seus parceiros e que estão sob a guarda do Estado, via medida protetiva.

A defensora explica que a palestra no Univag fez parte da segunda etapa de capacitação para os integrantes que irão trabalhar com o “Grupo Reflexivo para Homens” e a “Patrulha Maria da Penha”. O grupo reflexivo atua junto aos agressores com bate papos, palestras e repasse de informações na tentativa de sensibilizá-los sobre as implicações de seus crimes e contravenções para a família, a esposa, a comunidade onde vivem e toda a sociedade.

Rede de Enfrentamento - A Rede é um grupo de trabalho, formado por representantes de 12 órgãos e instituições como as prefeituras dos dois municípios, o Ministério Público, as polícias Civil e Militar, as secretarias de saúde de ambos os municípios e do Estado, sociedade civil organizada, entre outros, com foco na proteção da mulher vítima de violência doméstica e familiar. A intenção da atuação conjunta é estabelecer objetivos, metas e ações que previnam e reduzam casos de violência.

Atualmente a Rede funciona no município de Barra do Garças, Várzea Grande e Livramento e a tendência é que ela seja gradativamente ampliada para o Estado. “O trabalho em rede favorece a vítima, o agressor, a família e toda a comunidade onde essa família está inserida, pois a atuação dos órgãos que são os primeiros a receber o registro dessa violência é ampliada. Saímos do campo do atendimento à vítima e da responsabilização do agressor para agir na prevenção de novos casos”, explica a defensora.

Palestra – a defensora pública que atua no Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem) de Cuiabá, Rosana Leite, também esteve com estudantes das escolas públicas Adalgisa de Barros, em Várzea Grande e da escola Alcebíades Calhao, em Cuiabá, para falar sobre violência contra mulher. O tema é assunto recorrente na atuação das defensoras em função das elevadas estatísticas.

Só nos dois primeiros meses de 2018, 18 mulheres foram vítimas fatais de seus companheiros. “Não podemos mais atuar apenas depois que o crime já foi consumado. Temos que atuar na prevenção e na sensibilização sobre a gravidade e as consequências sociais desses crimes”, afirma a defensora.

Márcia Oliveira
Assessoria de Imprensa